quinta-feira, 22 de março de 2012

Uma nova esperança contra a Duchenne


TEXAS - Uma nova forma de manipular células-tronco embrionárias pode abrir caminho para o tratamento da distrofia muscular, doença degenerativa e incapacitante causada por mutação genética que bloqueia uma importante proteína do organismo. Pesquisadores americanos conseguiram restaurar a função muscular em roedores com distrofia muscular de Duchenne, a mais comum em crianças. Mas alertam que o uso em humanos ainda está longe.
O estudo realizado por cientistas do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas e publicado na revista "Nature Medicine" é o primeiro a demonstrar que o implante de células-tronco embrionárias pode restaurar músculos de camundongos modificados geneticamente para apresentarem a doença.
Em tese, as células-tronco embrionárias têm capacidade de se transformar em qualquer tecido. Por isso, elas poderiam ser usadas para reparar as células danificadas. Mas obter uma quantidade suficiente para recuperar músculos tem se mostrado um desafio.
- O problema é que as células-tronco embrionárias podem se transformar em tudo - disse Rita Perlingeiro, coordenadora do estudo. - E temos que encontrar uma forma de extrair aquelas que precisamos.
Melhoria na coordenação motora dos roedores
Os cientistas americanos sabiam que era importante isolar apenas as células que teriam a capacidade de se tornar músculo. Tentativas anteriores de transplante com outras células não diferenciadas levaram os animais a desenvolverem um tumor chamado teratoma.
A equipe de Rita usou uma técnica com corante fluorescente para selecionar as células. Isso permitiu isolar aquelas que poderiam se transformar músculo. E injetou o material em camundongos com a doença.
Depois de um mês, as células marcadas haviam penetrado no músculo, indicando que $formando novo tecido. Muitas fibras musculares também continham distrofina, proteína cuja ausência causa a doença. No período de três meses, não havia sinal de tumores. Os exames mostraram ainda que os músculos dos animais estavam mais fortes do que o dos ratos não tratados e apresentaram melhor desempenho em testes de coordenação.
- Já pesquisamos por quatro meses e não observamos sinais de tumores - disse Rita.
Ela tem esperança de desenvolver a terapia com células-tronco embrionárias para humanos com distrofia muscular. Uma hipótese é aplicar técnica similar a que foi usada por cientistas, em novembro passado, para obter o material a partir de células adultas da pele. Esta opção porém está longe de ser perfeita.
Ela reconhece que os dados são preliminares, mas está otimista:
- Você encaixa tijolo por tijolo para construir algo


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